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Bairro Getulio Vargas [bgv]

Bairro Getúlio Vargas

 

Região emblemática para a memória dos povos tradicionais de terreiros na cidade, bem como para a história das lutas sindicais (muitos operários eram afrodescendentes) e para o legado do trabalhador negro na cidade. Muitas tradicionais casas de Umbanda e de Nação tiveram sua origem neste território, presença marcante até os dias de hoje.

 

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Até o final do século XIX, a área urbana de Rio Grande estava restrita ao centro antigo. A existência de grandes alagadiços e de dunas de areia em seu entorno limitavam o seu crescimento espacial. A partir da virada para o século XX, se iniciou a sua expansão. O aumento populacional e a instalação de diversas indústrias pressionavam por novas áreas de moradia. 

A realização de obras de melhoramento da Barra de acesso à Lagoa dos Patos e a construção do Porto Novo resultaram no aterramento de uma ampla área a leste do centro histórico, mediante a utilização do material retirado pela dragagem do canal de  navegação.

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Ainda que esta área tivesse sido reservada para a ampliação futura dos empreendimentos portuários, ela acabou sendo rapidamente ocupada pela população trabalhadora, particularmente aquela composta por portuários, estivadores, marinheiros e operários das diversas fábricas instaladas na região, como as de processamento de pescados. Esta área, atualmente conhecida como Bairro Getúlio Vargas (BGV), recebeu inicialmente a denominação de Vila dos Cedros, sendo o resultado da necessidade da população operária em residir próximo aos locais onde havia trabalho (Centro, Porto e indústrias). A memória afro religiosa aponta este bairro como o local de muitos dos mais antigos baluartes do Batuque e da Umbanda na cidade.

 

Referências bibliográficas:

 

PEDROSO, Ticiano Duarte. Cidade nova: Narrativas do cotidiano no subúrbio operário de Rio Grande - 1950. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). UFPEL: Pelotas, 2012.

SALVATORI, Elena; HABIAGA, Lydia Angelica Gómez de Perez; THORMANN, Maria do Carmo. Crescimento horizontal da cidade do Rio Grande. Revista brasileira de Geografia, v. 51, n. 1, p. 1-124, jan./mar. 1989.

OLIVEIRA, Carlos. Alberto de. Imagens de um bairro afamado: Rio Grande/RS (1945-1975). CaderNAU, 4(1), 2014. 

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