top of page
docas_edited.jpg

Caminhos Negros
redescobrindo Rio Grande

​

Como uma redescoberta da cidade, o Projeto Caminhos Negros: redescobrindo Rio Grande busca reparação histórica e sociocultural, imprescindível à igualdade racial, ao acesso a direitos fundamentais, ao acesso à cidade. Através das ações propostas, visamos descontruir a estigmatização, criminalização, a segregação e invisibilidade do povo negro, evidenciando sua contribuição na formação dos nossos patrimônios materiais e imateriais.

​

Nesse sentido, o Projeto tem por objetivo identificar, mapear e demarcar os principais territórios de importância e concentração da comunidade negra em Rio Grande/RS, criando trajetos em espaços públicos da cidade, que viabilizem a promoção de ações educativas voltadas à implementação da Lei nº 10.639/2003 e do Estatuto da Igualdade Racial, que considere as marcas de pertencimento afrodescendente nas comunidades e na formação do município.

​

Com isso, são destacados espaços significativos, de representatividade, para a comunidade negra do ponto de vista da memória, da identidade e da cidadania, criando trajetos em espaços públicos que referendem a ancestralidade em lugares territorializados pela comunidade negra.

Concebido por Chendler Siqueira, Secretário Adjunto da Secretaria de Município de Cidadania e Assistência Social (SMCAS) e Coordenador da Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Rio Grande (até 2020), por professoras e representantes da comunidade negra, o projeto buscou a parceria das professoras Rita Patta Rache e Fabiane Pianowski, do Instituto de Letras e Artes (ILA/FURG), tendo sido contemplado no Edital de Fomento às Ações de Extensão da Pró-Reitora de Extensão e Cultura, em 2019. 

​

Desde então, as ações do projeto têm caráter continuado e envolvem: consulta pública sobre os territórios negros da cidade; criação de GT com representatividade para definição dos territórios; pesquisa bibliográfica e pesquisa oral para produção de informações sobre os territórios e elaboração de narrativas; produção de artes para placas de identificação dos territórios (contendo nome e descrição histórica, na perspectiva do povo negro, e imagens) e fixação nos devidos locais; criação de um site para hospedar as informações dos Caminhos Negros; traçado de trajetos com mediação cultural, juntamente com a Coordenadoria de Promoção de Igualdade Racial, Secretaria de Município de Educação e Secretaria de Município da Cultura, voltado às escolas da rede municipal de educação; produção de material educativo que subsidie as ações de mediação e de um minidocumentário do Projeto.

​

A primeira e segunda etapas do Projeto foram executadas em 2019, com a participação de um bolsista. Na primeira, realizou-se pesquisa para a escolha dos locais mapeados e demarcados, por meio de uma enquete através do site Decide Rio Grande! e num encontro aberto à comunidade. Na oportunidade, além do lançamento do Projeto, pode-se identificar lideranças do Movimento Negro que vêm contribuindo com narrativas sobre as histórias dos locais demarcados. A segunda etapa consistiu na criação de um GT, envolvendo representantes da FURG, de secretarias da Prefeitura do Rio Grande e do Movimento Negro, para elaboração dos textos para as placas de identificação dos locais escolhidos pela comunidade.


Em 2020, previa-se finalizar a arte das placas (contendo nome e descrição histórica, na perspectiva do povo negro, e imagens), encaminhá-las para produção e fixação nos devidos locais. 

No entanto, com a pandemia da COVID-19, as ações do Projeto foram redimensionadas, de modo a favorecer a realização de atividades remotas. Por conta disso, priorizou-se a produção de narrativas sobres os territórios negros e do site do Projeto.

bottom of page