CAMINHOS  NEGROS

Na cidade do Rio Grande, a primeira Festa de Iemanjá e a primeira Liga de Umbanda foram idealizadas e realizadas pelo vereador João Paulo Araújo. A liga se chamava “Liga Espírita de Umbanda Rio-grandina Mãe Iemanjá”, localizada na Avenida Silva Paes, no 350 e a festa ocorreu no ano de 1963; segundo dados obtidos na entrevista com a Sra Nilza Araújo, a Festa não teve nenhum problema de aceitação pela população rio-grandina.

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Quanto à construção da estátua de Iemanjá, aponta-se que esta teve início no ano de 1970, pelo escultor rio-grandino Érico Gobbi e sendo concluída no ano de 1971. Neste momento, a população também começou a arrecadar fundos para a compra da escultura. Assim, a escultura foi adquirida por trinta e cinco mil cruzeiros e após várias especulações sobre onde colocá-la, ficou decidido que o local seria praia do Cassino e não a praça Xavier Ferreira como queriam alguns umbandistas; tendo participado decisivamente como idealizador do local o então secretário de turismo, Renato Albuquerque.

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A inauguração aconteceu no dia primeiro de fevereiro de 1976. Entretanto, a festa só passou a fazer parte do calendário de eventos do município através da Lei no 5.291, de 07 de janeiro de 1999, ou seja, desde a legitimação da umbanda, em 1966, quando foi reconhecida pelo censo oficial a festa de Iemanjá.

 

Esta manifestação afro-religiosa faz parte da cultura brasileira e em Rio Grande a festa acontece diante da imagem de Iemanjá, criada por Gobbi. A importância da existência de estátuas/esculturas para se manter uma tradição como a festa de Iemanjá é um suporte necessário para memória coletiva. A imagem da escultura está associada aos festejos.

 

A escultura da "Rainha do Mar" foi esculpida pelo artista rio-grandino Érico Gobbi, toda em cimento. Ela representa a religiosidade afro-brasileira. Em primeiro de fevereiro, milhares de fiéis de vários pontos do estado e de outros países como a Argentina e o Uruguai vêm prestar homenagem, promovendo a Festa de Iemanjá.