Trajetória
Lançamento do Projeto
22 DE AGOSTO DE 2019
Encontro aberto à comunidade, no Salão Nobre Deputado Carlos Santos, da Prefeitura Municipal do Rio Grande, para lançamento do projeto, definição dos espaços públicos e outros locais a serem demarcados e identificação de lideranças do movimento negro, que poderão contribuir com narrativas a respeito das histórias ligadas aos territórios negros de Rio Grande.
Link de acesso a noticia: https://www.furg.br/noticias/noticias-cultura/projeto-caminhos-negros-sera-lancado-nesta-quinta-feira-em-rio-grande
*Caso encontre alguma fotografia sua e gostaria que seja retirada entre em contato*
consulta Pública
Definição dos espaços PÚBLICOS E DEMAIS LOCAIS a serem demarcados
12/08/2019 - 21/08/2019
Captura de tela. Disponível em https://decide.riogrande.rs.gov.br/processes/caminhos-negros
No lançamento do Projeto, a comunidade indicou 27 territórios negros na cidade. Estes foram colocados em consulta pública, pela plataforma Decide Rio Grande!, para escolha de 10, que, inicialmente, seriam mapeados e demarcados pelo Projeto. A enquete foi ao ar de 12 de agosto de 2019 e pode ser acessada clicando aqui.
Confira abaixo os 27 territórios indicados e os 10 escolhidos.
Territórios INDICADOS no lançamento do Projeto:
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Acampamento no Campo do Praião | Estátua de Yemanjá;
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Antigo Cemitério da Igreja Nosso Senhor do Bonfim;
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Antigo Cemitério dos Proscritos - Av. Presidente Vargas;
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Bairro Getúlio Vargas;
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Busto do Deputado Carlos Santos;
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Capela de São Francisco de Assis;
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Clube Social Braço é Braço;
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Clube Social Estrela do Oriente;
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Docas do Mercado Público;
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Eco-Museu da Picada (Quilombo);
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Escola Estadual de Ensino Fundamental Marcílio Dias;
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Estátua de Marcílio Dias;
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Forte Jesus Maria José - Praça Sete de Setembro;
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Gruta de Iemanjá - Rua Henrique Pancada;
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Igreja de Nossa Senhora da Conceição;
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Largo das Quitandeiras (atualmente chamado de Largo Dr. Pio);
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Mercado Público - Toque do Bará;
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Monumento da Pedra de Xangô - Rua Henrique Pancada;
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Negras Minas - fundos da Igreja Nosso Senhor do Bonfim;
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Passos dos Negros - Pelotas;
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Praça Barão São José do Norte;
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Praça da Geribanda (atualmente Praça Tamandaré);
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Praça Xavier Ferreira | Coluna pela Liberdade dos Escravos | Monumento ao Brigadeiro José da Silva Paes;
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Prédios históricos que foram construídos por Negros e Negras, como o Centro Municipal de Cultura;
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Quilombo do Negro Lucas - Ilha dos Marinheiros;
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Quilombo dos Macanudos - Quintinha;
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Unidade Territorial Tradicional de Matriz Africana Templo de Oxum Brilham.
Territórios MAIS VOTADOS NA CONSULTA PúBLICA:
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Acampamento no Campo do Praião | Estátua de Yemanjá;
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Bairro Getúlio Vargas;
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Capela de São Francisco de Assis;
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Docas do Mercado;
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Escola Estadual de Ensino Fundamental Marcílio Dias;
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Igreja Nossa Senhora da Conceição;
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Largo das Quitandeiras;
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Negras Minas;
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Praça Barão de São José do Norte;
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Praça da Geribanda.
GRUPO DE TRABALHO e pesquisa
criação de gt para GESTÃO DO PROJETO E
realização de pesquisa sobre os territórios negros
2019 >>>
Ainda em 2019, após a indicação dos territórios que seriam demarcados inicialmente, foi criado um GT envolvendo representantes da FURG, de secretarias da Prefeitura e do Movimento Negro, para elaboração dos textos para as placas de identificação dos locais escolhidos pela comunidade.
Em 2020 e 2021, por conta da pandemia da COVID-19, as atividades do projeto passaram a ser virtuais e o GT se reestruturou, contando com a participação de professores e estudantes da FURG, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul- Rio-Grandense (IFSul Pelotas) e da UFPEL e integrantes do Movimento Negro.
A dinâmica do grupo visa o trabalho coletivo, colaborativo e inclusivo. Qualquer pessoa interessada no Projeto, pode participar do GT.
PESQUISA
O GT definiu que as placas de identificação agrupariam alguns territórios próximos entre si e sugeriu a inclusão de uma placa que aborde o trabalho do povo negro na cidade, conforme listado abaixo:
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Acampamento no campo do Praião e Estátua de Yemanjá, localizados no Balneário Cassino;
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Bairro Getúlio Vargas;
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Capela de São Francisco, Salão Nobre da Prefeitura Municipal do Rio Grande Dep. Carlos Santos e Monumento Silva Paes;
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Docas do Mercado;
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Escola Estadual de Ensino Fundamental Marcílio Dias e Estátua de Marcílio Dias;
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Largo das Quitandeiras;
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Negras Minas;
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Praça Barão de São José do Norte;
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Praça da Geribanda;
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Praça 7 de Setembro: antigo Forte/Presídio Jesus Maria José, Busto do Deputado Estadual Carlos Santos e Igreja Nossa Senhora da Conceição;
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Trabalho do povo negro na cidade.
A história negra de cada um desses territórios foi sistematizada pelo GT, por meio da realização de pesquisa bibliográfica, a partir de estudos a respeito da história de Rio Grande que abordam e contextualizam as questões da negritude. Do mesmo modo, por meio da história oral também temos levantado informações e narrativas a respeito dos territórios negros de Rio Grande; mais velhos e mais velhas têm sido entrevistados presencialmente e virtualmente.
os Caminhos Negros
IDENTIFICADOS OS territórios,
TRAÇAMOS OS CAMINHOS negros
2019 - 2020
O Projeto visa evidenciar os espaços marcantes para a comunidade negra do ponto de vista da memória, da identidade e da cidadania, gerando percursos histórico-culturais em espaços públicos e outros locais que referendem a passagem dos ancestrais por lugares territorializados pela comunidade negra na cidade de Rio Grande.
Os Caminhos Negros compõem um circuito virtual e presencial para ser percorrido por qualquer pessoa, mas principalmente pelas instituições educativas (municipais, estaduais e federais), voltando-se, assim, à efetiva implementação da Lei nº. 10639/03, que alterou a LDB nº 9394/96 e tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. O conteúdo principal do circuito é a história do povo negro de Rio Grande, sua luta, cultura e contribuições na construção e formação da cidade.
Crianças, jovens e adultos, ao percorrerem os Caminhos Negros e tomarem conhecimento de que há uma outra história, ou outras histórias, sobre locais que fazem parte do nosso cotidiano na cidade, terão a oportunidade de refletir a respeito dos processos sociais discriminatórios que invisibilizam pessoas, grupos sociais, suas trajetórias e cultura, além de questionar a história oficial.
Tal reflexão visa uma branquitude crítica, compreendendo a branquitude como "um lugar de privilégios simbólicos, subjetivos, objetivo, isto é, materiais palpáveis que colaboram para construção social e reprodução do preconceito racial, discriminação racial "injusta" e racismo" (CARDOSO, 2010, p.611); para que pessoas brancas se engajem na luta antirracista, assim como as instituições educativas.
Igualmente, consideramos que nos processos educativos e culturais ou na reeducação social, o branco privilegiado não é o único a ser contemplado com a chance de se ressignificar e rever posições de privilégio e de opressão. Mas também toda a comunidade negra, que partindo de uma premissa libertadora, consegue achar em si a humanidade expropriada pela colonização, que usou de instrumentos para negar a vida no outro que não atendesse ao padrão normativo de cultura, civilização e cosmovisão.
Logo, a ideia do Projeto é que toda comunidade riograndina e rio-grandense usufrua igualmente desses espaços para formação, aprendizado e empoderamento cultural.
mapa interativo virtual dos Caminhos Negros
conheça os territórios negros de rio grande e sua localização na cidade
2020 - 2021
O mapa foi criado durante a pandemia da COVID-19, quando não era possível percorrer presencialmente os Caminhos Negros. Mas mesmo após a retomada da convivência social, o mapa interativo virtual segue como potencial de conhecimento e percorrida dos Caminhos Negros, possibilitando um tour on-line através deste site do Projeto.
IDENTIFICAÇÃO dos Caminhos Negros
REDIMENSIONAMENTO DAS PLACAS PARA INSTALAÇÃO DE TOTENS
2022 - 2023
Com a falta de recursos financeiros para produção e impressão de placas, o GT buscou outras possibilidades para demarcação dos territórios, tendo avaliado, inclusive, que a ideia original de instalação de outdoors poderia gerar poluição visual na cidade. Em função disso, optou-se por produzir totens que terão gravados QR CODEs, cuja leitura será direcionada ao site do Projeto, possibilitando acesso ao conteúdo das placas (nome do território e sua descrição histórica na perspectiva do povo negro, imagens (fotografia/ilustração) e localização no percurso dos Caminhos Negros (em relação aos demais territórios). Além do QR CODE, nos totens haverá o nome do território e a identificação do Projeto e seus apoiadores.